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Entrevista: Nikolas Ferreira fala sobre redes sociais, eleições de 2026 e protagonismo na direita


Você lembra como começou a sua trajetória política?

Lembro, sim. Tudo começou lá em 2013, quando entrei na PUC-MG para cursar Direito. Foi ali que comecei a me engajar em movimentos que defendiam pautas como o impeachment da presidente Dilma Rousseff e o fim da chamada “ideologia de gênero”. Desde então, fui me envolvendo cada vez mais.

Hoje, você é o deputado federal com mais votos no Brasil. Como chegou a esse patamar?

Acho que é o reflexo de um trabalho coerente, constante e de muito engajamento nas redes sociais. O vídeo sobre o Pix, por exemplo, alcançou 324 milhões de visualizações. Isso gerou um impacto real: o governo recuou da proposta. Ganhei 4,5 milhões de seguidores só com esse post — cheguei a 16 milhões no Instagram, ultrapassando até o presidente Lula.

Você mesmo cria seus conteúdos para a internet? Tem algum marqueteiro te ajudando?

Não, não tenho nenhum. Essa história de que o Duda Lima, que trabalhou com o Bolsonaro, estava por trás do vídeo do Pix é pura mentira. O próprio Bolsonaro não sabia de nada. Eu escrevi o roteiro no meu celular, como faço com todos os meus conteúdos. Esse estilo de vídeo eu já usei várias vezes. A diferença foi o tema — e o fato de que as pessoas se uniram em torno dele.

Na sua opinião, por que o vídeo teve tanto alcance e os conteúdos do governo não?

Primeiro, porque sou eu quem cuido das minhas redes. Os posts têm a minha identidade. Quando o dono cuida, sempre dá melhor resultado. Segundo, porque meu discurso é verdadeiro. Ele abrange todo mundo — esquerda, direita, centro. Falta veracidade nas publicações do governo. Nada alcança mais as pessoas do que a verdade.

Você acredita que esse episódio fortaleceu sua imagem para disputar cargos mais altos em 2026?

Olha, eu não faço as coisas pensando em eleição. Estou cumprindo meu papel como deputado, que é fiscalizar o poder público. Foi o que fiz nesse caso. E graças a Deus, consegui ajudar 220 milhões de brasileiros — independentemente de gostarem de mim ou não.

Mas já há movimentos nesse sentido. Você pensa em disputar o Senado?

Sim, esse é um desejo. Mas para isso acontecer, seria preciso aprovar uma PEC que reduz a idade mínima para o cargo de 35 para 30 anos. Um aliado meu, o deputado Eros Biondini (PL-MG), já está reunindo assinaturas para protocolar essa proposta. Se ela for aprovada, eu ficaria muito feliz em representar meu estado e o Brasil no Senado.

E se a PEC não for aprovada? Há outras possibilidades?

Sim. Para o governo de Minas, eu já teria idade suficiente — são 30 anos. Confesso que deixo essa porta aberta. Ainda é cedo para decidir, mas estamos avaliando o cenário com cuidado.

O governo de Minas Gerais é um dos palcos centrais da política nacional. Já existem outros nomes fortes na disputa. Você se vê preparado?

Sem dúvida. Minas é o segundo maior colégio eleitoral do país e sempre foi determinante para o resultado das eleições presidenciais. Temos um cenário competitivo, mas vejo como positivo. A direita tem nomes fortes, como o vice-governador Mateus Simões, o senador Cleitinho e o deputado Bruno Engler, meu ex-colega de faculdade e do Direita Minas. Temos totais condições de vencer.

A PEC também reduziria a idade mínima para presidente. Isso está nos seus planos?

Olha, eu acho que tudo deve ser feito com responsabilidade. Parece um sonho distante, mas tem gente que acredita — e eu agradeço por isso. Por enquanto, meu foco é representar bem quem me elegeu e continuar esse trabalho. Não descarto nada, mas cada coisa no seu tempo.

Jair Bolsonaro já te elogiou, mas também te criticou recentemente. Como vê essa relação?

Tenho muito respeito pelo Bolsonaro. Sei que ele também passa por um momento difícil, inclusive sendo impedido de viajar. As críticas fazem parte. Ele mesmo já disse que sou um garoto que, de vez em quando, peca. Mas também me defendeu para cargos como senador ou governador. Sigo meu caminho com humildade e convicção.

Você foi chamado para ajudar na campanha de Ricardo Nunes em São Paulo. Como foi essa experiência?

Foi uma experiência interessante. O governador Tarcísio me chamou para dar conselhos à campanha. O Nunes acabou vencendo, e acredito que as redes sociais tiveram um papel fundamental. Tenho buscado usar essa expertise para fortalecer ideias e valores em que acredito.

E o futuro? O que os eleitores podem esperar de Nikolas Ferreira?

Podem esperar um deputado atuante, coerente e conectado com a realidade das pessoas. Vou continuar fiscalizando, denunciando, defendendo princípios conservadores, a liberdade econômica e a segurança pública. O futuro a Deus pertence, mas sigo pronto para servir onde for necessário.

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